A sífilis, também conhecida como cancro duro e Lues é causada por uma bactéria espiroqueta, Treponema pallidum que tem no ser humano, vetor e hospedeiro único.
O período de incubação varia de 21 a 30 dias, e durante este período surge a lesão inicial de cancro duro juntamente com a adenomegalia satélite. A doença, quando não diagnosticada e devidamente tratada pode evoluir para manifestações genitais e dermatológicas (sifílides papulosas, roseolas, alopesia).
É admitido que somente a sífilis recente (cancro duro + adenite = primária) e a fase exantemática/papulosa (secundária) sejam infetantes. Isto porque nessas fases, a presença de treponemas nas lesões é em número exuberante.
O padrão-ouro de diagnóstico da sífilis é o encontro do agente etiológico na lesão, pela técnica clássica de microscopia em campo escuro. Embora sendo técnica mais grosseira, a bacterioscopia por impregnação pela prata (Fontana-Tribondeux), também pode evidenciar os treponemas em esfregaços de lesões suspeitas.
Outros métodos diagnósticos são a detecção de anticorpos antitreponêmicos pelas técnicas não-treponêmicas (cardiolipinas), VDRL/RPR, sorologias treponêmicas (FTA-Abs, MHATP, Elisa ou Western blot). Estes exames devem ser sempre qualitativos (positivo/reator ou negativo/não-reator) e quantitativos (diluições 1/2, 1/4, 1/10, 1/20...).
Infelizmente, muitos pacientes podem permanecer positivos, mesmo nas reações de IgM, apesar de devidamente tratados. Contudo, aceita-se a cura quando o título da sorologia decresce quatro títulos. Por outro lado, é considerada reinfecção se apresentar suspeita clínica, detecção por bacterioscopia direta para treponema e/ou subida de quatro vezes ou mais do título da última sorologia efetuada.